quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Chegada de refugiados faz xenofobia crescer mais de 600% no Brasil

Muitos casos de haitianos que foram agredidos ou sofreram algum tipo de violência são relatados. Brasileiros alegam que os haitianos estão roubando seus empregos.
Em 2014 foram 45 denúncias, já nos dois anos anteriores, foram registrados apenas dois casos. Em 2015, seriam 599 denúncias, sendo 269 crimes, que podem ter envolvido algum tipo de violência, levando os haitianos até os hospitais que estão em estado crítico até mesmo para os brasileiros.
A chegada dos haitianos está sendo muito criticada e a maioria das suas recepções têm sido cada vez mais desagradáveis. 



“O interessante desse evento é que ele surge a partir de uma demanda dos próprios refugiados, que gostariam de ser mais bem atendidos pelos mecanismos públicos de assistência social do estado”, disse Luiz 
- Os agentes públicos estão tendo que receber melhor capacitação para atender refugiados enquanto o povo ”nativo” do Brasil também estão com situação precária na área de atendimento a saúde.



Prioridade aos Brasileiros

Segundo os dados do Ministério da Saúde, desde agosto de 2006, pelo menos 60 pessoas morreram em filas sem conseguir operações. A demora foi tanta que 199 doentes perderam a indicação clínica.

“Causa perplexidade o fato de que, apesar de essas unidades terem orçamentos generosos, haja tantos pacientes esperando por uma cirurgia” diz o defensor federal Daniel Macedo (titular do Segundo Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva) que têm até março para apresentar um plano para acabar com as filas em um ano.

“Uma moradora do Méier (Rio de Janeiro), dona de casa, Leidimar Maria da Silva, que teve um rim transplantado no Hospital Federal de Bonsucesso há um ano e sete meses, bateu à porta da unidade no início de dezembro com uma trombose no braço esquerdo. Sem vaga no setor de transplantados, acabou na emergência que funciona em contêineres há quatro anos. Lá, ficou das 18h daquele fim de tarde até as 9h do dia seguinte, sentada numa cadeira, sem água até para tomar remédios.”

O drama de Leidimar não é um caso isolado. Pacientes têm que conviver com a precariedade dos seis hospitais gerais federais da cidade, tendo um déficit de 1.226 médicos. Os pacientes enfrentam ainda longas filas por cirurgias. Uma ata de audiência de conciliação na 3ª Vara Federal — resultado de uma ação movida pela Defensoria Pública — revela o número de pessoas que aguardam a vez para serem operadas nessas unidades: 15.591.


Segundo os relatos citados, concluímos que as condições de atendimentos hospitalares no Brasil estão em situações precárias, com falta de estrutura, médicos e leitos. Não apenas no Rio de Janeiro mas em várias outras regiões do Brasil, sabe-se que mais de 75% da população brasileira depende exclusivamente do SUS (sistema único de saúde), e portanto necessita que consiga resolver as necessidades das pessoas que dependem dessa sistema de saúde como único recurso. Conclui-se que falta muito para atender as expectativas da própria população brasileira em relação a saúde pública do nosso pais, como então conseguiríamos atender as necessidades de pessoas de outros países que vêm para o nosso com a intenção de melhorias em suas vidas, ressaltando que falta muito ainda para atendermos as nossas necessidades e para chegarmos a uma solução de termos algo que realmente funcione para a nossa população.
Noticia 13/10/2015
“Seis em cada dez brasileiros classificam o serviço de saúde do país como ruim ou péssimo - e metade compartilha da mesma opinião sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). 
Os dados fazem parte da segunda edição da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Hoje, para a avaliação tão negativa do SUS, os principais fatores são: o longo tempo de espera para ser atendido está em primeiro lugar, em segundo, o mais citado é a falta de médicos e em terceiro é a falta de estrutura. No total, 44% dos entrevistados precisam esperar mais de um ano para conseguir agenda para uma cirurgia, por exemplo.
Contudo, apesar da demora, mais da metade dos usuários que passaram pelo serviço avaliam os procedimentos cirúrgicos ofertados pelo SUS como bons ou excelentes. Mesmo assim, 3 em cada 10 afirmam não confiar nos médicos que atendem a rede pública. ”

Tendo como base esses dados sobre a opinião dos brasileiros em relação à saúde pública, a chegada dos refugiados vai proporcionar mais problemas para o SUS, tirando lugares dos brasileiros e dificultando ainda mais o atendimento dos médicos, que já são poucos, com os pacientes.  


Gráficos apresentando a opinião dos brasileiros em relação ao SUS.
           

terça-feira, 9 de agosto de 2016

A cidade que vai receber meio milhão de estrangeiros durante as Olimpíadas deve se preparar para a chegada de visitantes ‘indesejáveis’. São os vírus e bactérias que poderão vir junto com as delegações de atletas e turistas dos 206 países que irão desembarcar, neste mês (agosto), no Rio de Janeiro.
Para evitar o contágio com novas doenças e outras reincidentes, como sarampo e poliomielite, que já foram erradicadas no Brasil, os cariocas devem procurar orientação de médicos, atualizar cartões de vacina com as recomendações de imunização das organizações de saúde e adquirir bons hábitos de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro.
Depois das quatro enfermidades causadas pelo Aedes aegypti – dengue, zika, chikungunya e febre amarela –, o infectologista da UFRJ, Alberto Chebabo, alerta para o quinto vírus que pode vir a ser transmitido pelo mosquito. “O West Nile Virus (Vírus do Oeste do Nilo) é original dos Estados Unidos, mas pode chegar ao Brasil”, prevê.
Chebabo enfatiza ainda o fato de que a maior preocupação do Brasil deve ser a entrada de novos vírus. “O problema são os vírus novos — tanto os que não existem aqui, quanto os que nem sabemos que existem”. E exemplifica: “o coronavírus é responsável por uma doença respiratória grave no Oriente Médio e que pode vir a ser introduzido no País”.
Para o infectologista Alberto Chebabo, o País não possui infraestrutura para lidar com ameaças virais e bacterianas. “Não existe uma rede integrada de unidades sentinelas e laboratórios para monitorar novas doenças no momento em que surgem. Falta pessoal, material e equipamento”, alerta. Segundo ele, a Fiocruz não é capaz de lidar com tantos exames em caso de surto, como o de zika vírus.